Minha familia

Minha familia

Um pouco mais de mim!!!

Sou assim, um tanto maluca as vezes, cheia de alegria, vontade de viver intensamente cada momento como se fosse o único instante a ser vivido e assim o é, a vida é curta, os momentos breves demais, segundos passageiros que me escapam, por isso estou aqui, deixando momentos eternizados em palavras...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Educação e amor

Um dia tive contato com uma estatística que apontava números de investimentos em todas as áreas, numa perspectiva mundial. O quanto gastamos com saúde, com educação, com arte, com armas de guerra, com segurança pública, com investimentos em casas e assim por diante. No mundo. O investimento em armas de guerra passava de trezentas vezes o que gastamos em educação. Com isso é fácil concluir qual o nosso destino: é esse que compramos.

A educação deveria ser uma meta fundamental no mundo inteiro. O conhecimento tem se provado pacificador e motivador de grandes melhorias na qualidade de vida e nos relacionamentos entre os povos. Há que se perceber, porém, um detalhe: a educação está sempre levando a cultura como sua dependente quando deveria ser o contrário. Explico: o Ministério da Educação pode ou não levar a pasta da Cultura em seus atributos. E se o Ministério da Cultura for independente sua verba será infinitamente menor. É assim em todo canto e todo mundo parece concordar, menos eu. Simples o raciocínio, difícil a compreensão: para se estabelecer um paradigma do que deve ser ensinado é importante estabelecer o que é belo, o que é louvável, o que queremos instituir como bem cultural. Ética e estética. Depois de conhecidos esses referenciais fica muito mais fácil estabelecer moral e comportamento, escolher um programa escolar de base e estabelecer o que vai e o que não vai ser pesquisado, Essa é a chance que temos de inverter o investimento em armas trocando-o por coisas que produzam felicidade. Mas antes disso, muito antes, é preciso convencer a humanidade que a felicidade é uma coisa boa. Por isso investir em cultura. Sem contato com o belo, a educação pode ser infrutífera. Aprender o quê?, pra quê?

O amor deveria fazer parte dos ensinamentos básicos de todo cidadão. Isso se culturalmente compreendermos que sem amor somos um nada, sem amor não podemos ser felizes e nem convivermos bem em grupo, sem amor nossa vida é um caminhar em círculos sem graça. E a compreensão do amor fica muito melhor se estudarmos, se lermos as grandes estórias, os grandes romances, se pensarmos em todas as refrações do amor. O amor à natureza, aos animais, ao que se construiu no passado, ao belo, ao prazer, às artes, ao que ainda não se conhece ou o metafísico. Há muito o que se pensar sobre o amor. Há muito o que se aprender com o amor. Se os garotos ficassem dos 7 aos 11 anos estudando apenas e somente o amor, deixando a tabuada para depois, não seriam pessoas piores, tenho certeza. E seriam educadas de dentro pra fora. Da alma para o corpo social. Primeiro ser uma boa pessoa para depois ser um bom cidadão.

E depois, um pouco mais tarde, estudar junto com outras coisas, é claro, o amor romântico. O enamoramento, o ciúme, o desejo, a pequena morte ou orgasmo, a linguagem do amor.... tanta coisa fundamental para se saber e todo mundo estudando inglês ou fazendo ginástica.

Alguma coisa vai dar errado.

A corrupção é muito pior do que se imagina Gilberto Dimenstein

Um teste realizado com 244.836 crianças da primeira série do ensino fundamental dá uma valiosa pista sobre os meios de produzir melhores alunos. A imensa maioria dos que passaram pela pré-escola teve melhores notas em língua portuguesa.
Dos que obtiveram ótimo, a nota máxima, como conceito somente 10,2% não tinham passado pela chamada educação infantil. Esse é apenas um detalhe observado num exame (Saresp) em que se avaliaram 4,5 milhões de alunos paulistas -grande parte dos quais da rede estadual- do ensino fundamental e médio.
Diagnóstico: os cidadãos que tiveram a oportunidade de serem estimulados desde o berço demonstraram mais chance de progresso intelectual e profissional. Prognóstico: se o poder público investir em educação infantil, os futuros trabalhadores serão mais qualificados, e os cidadãos, mais educados.
Apesar da extensão do teste realizado pela Cesgranrio, com inúmeras lições sobre avanços e deficiências -é inédita no Brasil uma avaliação de 4,5 milhões de alunos desse nível de ensino-, houve baixa repercussão.

Primeira explicação: ainda não nos convencemos, de fato, da importância do capital humano para o desenvolvimento de uma nação. Segunda: o país ainda não sabe que a gestão sofrível, além de retardar a qualificação dos cidadãos, é o maior ralo de dinheiro público que existe no país. Terceira: a onda de suspeitas de corrupção, em ritmo de espetáculo, concentra quase toda a atenção.
Na semana passada, num debate na Folha, o ministro Patrus Ananias, o secretário do Desenvolvimento Social do município de São Paulo, Floriano Pesaro, Lena Lavinas, da UFRJ, e Marcelo Nery, da FGV-RJ, demonstraram uma série de divergências. Concordaram, entretanto, em que as centenas de bilhões de reais drenados em programas de educação, saúde e assistência social poderiam ser mais bem usadas se tivéssemos mais indicadores e melhor gerência.
Como os gastos sociais significam, nos três níveis de governo, 25% do PIB (R$ 1,8 trilhão), estamos falando de R$ 470 bilhões. É sabido que parte desse dinheiro se perde na ineficiência. Por exemplo, falta de foco, dispersão de programas e dificuldade de entrosamento das ações em âmbitos municipal, estadual e federal.

Na galeria de assuntos vitais e submersos na barulheira da crise política está o Fundeb -a proposta de uma nova repartição de recursos da educação, que altera o financiamento dos ensinos médio e infantil. Foi proposto o aumento do ensino fundamental para nove anos. O problema gira em torno dos especialistas, longe, muito longe, dos beneficiários da educação: pais e seus filhos.
Um grupo de especialistas, por exemplo, lamenta que as creches tenham ficado de fora da proposta. Pesquisas e mais pesquisas têm demonstrado como o estímulo na fase de zero a três anos de idade é decisivo no desenvolvimento das crianças.

O governo federal lançou uma espécie de lei de responsabilidade fiscal aplicada à saúde, cujo objetivo é assegurar mais rigor nos gastos em saúde pública, nos quais existe, como se sabe, muito desperdício. Repercussão zero.
Nas últimas semanas, liberaram-se documentos que revelaram como a disseminação do programa Médico da Família reduziu a mortalidade infantil. Também baixíssima repercussão. É o mesmo impacto das estatísticas divulgadas há dez dias, nas quais se vê a redução da taxa de gravidez de adolescentes no Estado de São Paulo. Essa é uma praga nacional, que envolve 1 milhão de adolescentes todos os anos, sem contar os efeitos deletérios dos abortos. Gravidez na adolescência é uma praga que ajuda a explicar o aumento da miséria e até da violência.
Uma experiência que envolve governo, fundações e empresários, realizada em 2.400 escolas públicas abertas nos fins de semana, conseguiu reduzir os índices de agressão, as depredações, o tráfico de drogas e o desrespeito aos professores. Instrumentalizaram-se, nessas escolas, jovens para atuar como agentes comunitários. Mais uma vez, nenhuma repercussão.

Uma das mais importantes experiências sociais brasileiras é a redução da taxa de homicídios na região metropolitana de São Paulo; só na capital, a queda foi de 40%. Em bairros pobres devastados pela violência, como Heliópolis (120 mil habitantes), Cidade Tiradentes (150 mil habitantes) e Jardim Ângela (120 mil habitantes), graças a engenhosas articulações comunitárias, conseguiram ir mais longe: baixa de, respectivamente, 50%, 70% e 75%. Lembre-se de que, até pouco tempo atrás, o Jardim Ângela era apontado como a região mais violenta do planeta.
A repercussão dessas descobertas limitou-se, ainda assim escassamente, a São Paulo.

O efeito da corrupção é, como se vê, maior do que se imagina. Além do desvio de dinheiro e de abater o moral de todo um país, colabora para tirar ainda mais o foco do que realmente importa numa nação, que é a melhora de seu capital humano, cuja prosperidade significa mais empregos e salários.
PS - Estaremos atingindo um novo estágio de aprimoramento democrático quando nós, da mídia, dermos tantas páginas às mazelas da educação quanto damos à corrupção. Seremos um país de fato desenvolvido quando resultados como o do Saresp produzirem tanta emoção como os resultados futebolísticos. Pode não parecer, mas a habilidade de nossos alunos é mais importante do que a dos jogadores.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Princesas Arruinadas

Era Uma Vez...

Lindas princesas que vieram para o século 21. Encontraram a fotógrafa Dina Goldstein, que deu a elas destinos bem diferentes daqueles que estão nos livros.
Por Ludmila Vilar.
Cinderela, Rapunzel, Branca de Neve e a Pequena Sereia encontraram um lindo príncipe e um castelo dos sonhos para morar num reino distante – e foram felizes para sempre. Pelo menos é o que está lá escrito nas histórias infantis. Intrigada com o que seria um desfecho mais contemporâneo para esses contos, a fotógrafa canadense Dina Goldstein resolver trazer as princesas para os dias de hoje e criou um outro destino para elas, com imagens bem menos cor-de-rosa do que aquelas que habitam o imaginário infantil. O resultado está na série Fallen Princesses (do inglês, Princesas Arruinadas), exposta no fim do ano passado na galeria Buschlen Mowatt em Vancouver, no Canadá, e agora nas páginas de Marie Claire.

Mais do que questionar o tradicional jargão “felizes para sempre”, Dina refletiu nesse trabalho um período difícil da sua própria vida. No ano passado, ela enfrentou problemas de fertilidade para conseguir a segunda gravidez, aos 38 anos, e acompanhava o sofrimento da mãe que lutava contra um câncer de mama. Nessa mesma época, sua filha de 4 anos estava encantada com os filmes da Disney e adorava se fantasiar de princesa – típico da fase. “Eu via os filmes e, com esses dois problemas acontecendo ao mesmo tempo, comecei a imaginar como as princesas lidariam com os complexos desafios da vida real, como doenças, vícios ou questões ligadas à autoimagem”, diz. Também incomodava o fato de os desenhos da Disney terem sempre um enredo com um começo triste, uma vilã dominadora e um previsível final feliz. “Não importa qual seja o início da história, o príncipe chega para salvar a linda garota e transformá-la em princesa”, afirma. Ela inventou então cenários contemporâneos para as personagens.

Em Fallen Princesses, a doce Branca de Neve tem agora vários filhos e um marido ausente, mais vidrado na cervejinha e nos esportes da TV do que na própria família. Cinderela virou alcoólatra, o endereço da Pequena Sereia é um aquário, Rapunzel esta perdendo os cabelos na quimioterapia e a Bela Adormecida foi abandonada num asilo. “As fotos de Dina brincam com coisas sérias, que tiram o chão de nossos castelos mal-construídos. É como se nos lembrassem que temos que nos manter atentas para reinventamos nossos reinados, pois não há final feliz predestinado”, afirma a educadora, psicanalista infantil e estudiosa dos contos de fadas Loraine Schuch, de Porto Alegre. São imagens fortes, provocadoras, ao mesmo tempo, engraçadas, que nos fazem perguntar: afinal, o que sobrou da fantasia dos contos de fadas na vida moderna? “Hoje, nossos momentos de sonhos se resumem a datas como casamento, festas de aniversário, dia das mães. O problema é que elas duram pouco e a vida logo volta ao normal”, diz Dina.

Os contos de fadas são um elemento poderoso da cultura porque trazem informações sobre nós mesmas. Lá estão espalhados fragmentos da realidade, histórias que contêm dramas e personagens com correspondente no nosso cotidiano. “Há rainhas e princesas por toda a parte. Elas aparecem nas figuras de várias mulheres”, diz a psicanalista Loraine. Ela se refere ao nosso lado feminino mais edificante: aquele que, como nas brincadeiras, quer que tudo dê certo, e não poupa esforços para isso. Existem também os príncipes da vida real que, no dias de hoje, precisam tanto das mocinhas para se sentir nobres quanto elas deles para se sentirem princesas. Há ainda as versões modernas de madrastas – vilãs que, além do câncer, dos casamentos fracassados e de outros dramas retratados por Dina, aparecem na pele de figuras femininas autoritárias e intransigentes, como, por exemplo, a personagem central de O Diabo Veste Prada. A vida real tem também seus finais felizes, Dina Goldstein teve o direito ao seu, quando há nove meses deu à luz sua segunda filha.

Branca de Neve – No conto de fadas ela desperta do sono da maçã envenenada direto para os braços do príncipe, com quem vive feliz para sempre. Nas lentes de Dina, a realidade é dura: ausente e entediado, o príncipe deixa todas as tarefas da casa para a princesa.



A Bela Adormecida – Enfeitiçada para dormir por cem anos, a princesa só poderá ser salva se receber o beijo do um príncipe. O problema é que ele nunca chega. Alheia a tudo que se passou, a Bela Adormecida está em sono profundo até hoje num asilo, com a cara congelada no tempo.






Chapeuzinho Vermelho – No conto ela se dá mal por desobedecer a mãe. Ao atravessar a floresta, Chapeuzinho pega o caminho mais curto – e perigoso – e ainda conversa com estranhos (no caso, o lobo mau). Na série de Dina Goldstein, o inimigo é a própria Chapeuzinho. Com uma cesta carregada de fast foods, sua maior batalha é contra a obesidade.




Cinderela – Para essa moça comum virar rainha, teve apenas que calçar um sapatinho de cristal, que parecia ter sido feito sob medida para ela. Aguentar a rotina do castelo, no entanto, mostrou-se bem mais difícil do que se tornar nobre. Para espantá-la, só restou a bebida para a doce Cinderela ...





A Pequena Sereia – Ela deixou o fundo do mar para conquistar o amor de um príncipe. Na versão Disney teve um final feliz. No conto original, ela morre. Em Fallen Princesses, a Sereia foi parar dentro de um aquário gigante, onde vive para entreter crianças e adultos.




Rapunzel – No mundo moderno, ele tem de se virar sem príncipe e sem cabelo, resultado da quimioterapia para combater um câncer de mama.




Jasmine – Após a morte de Aladim numa queda do tapete mágico. Desiludida da vida, Jasmine filia-se ao grupo terrorista Al-Qaeda, onde com a alcunha de Jasmine Bin-Laden será a próxima mulher bomba (texto criado pela autora deste post, Mariana).





Bela – Cansada da feiúra de seu marido, Fera, Bela vira uma escrava da beleza a todo custo. Divorcia-se e casa-se com um cirurgião plástico, não consegue conviver com o inevitável envelhecimento e aos 50 anos vence o recorde mundial de aplicação de botox e cirurgias plásticas.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

“Precisamos de santos sem véu nem batina”.

“Precisamos de santos sem véu nem batina”.

A palavra santo significa pertencer todo a Deus…

O santo se faz na necessidade de sua época, são inseridos na sua realidade, influenciados pelos ideais de cada tempo; e os santos de hoje são esses: de calça jeans, all star, nike…

Cheios de modernidade, e sua santidade está colocada nessa modernidade… São atuais, vivem no mundo; não são as suas roupas que os diferem dos outros, mas sua alma; não é a forma de falar que os diferencia, mas o que falam.

Sempre lembram que antes de serem chamados para qualquer coisa são chamados à santidade, sabem que “pra existir história tem que existir verdade”; são santos ligados nas novas tendências, nos novos filmes, mas que antes de estarem ligados em tudo isso, estão ligados em Deus, têm um constante “download” com o céu, com os santos…

No bolso o celular, na mochila a bíblia, nas mãos o terço, no pescoço o crucifixo (ou melhor, no coração o Crucificado)… Muitos desses santos estarão sim de calça jeans e de casula (celebrando a Eucaristia!)…

Cheios de gírias, mas gírias que levam para o céu, que faz com que outros jovens queiram viver a loucura de ser um crucificado de calça jeans… Que trocam as televisões pelos sacrários, porque não têm medo do desafio de ser santo hoje!!!

“Cristão é aquele que passa pelo mundo e deixa marcas” diz o papa João Paulo II, deixa sinais de Deus, deixa vestígios da existência e da presença de Deus; e o jovem cristão tem o poder de deixar o perfume da juventude de Deus exalando onde quer que passe; mostra o amor de um Deus que é sempre novo e que renova todas as coisas… “Óh beleza tão antiga e tão nova…”, esta é uma frase que podemos sempre dizer a Deus, porque o movimento de Deus movimenta a vida e a juventude!

Santos de calça jeans são aqueles que sabem que “para o mundo eles não têm valor, têm utilidade” e que o valor verdadeiro só é dado por Deus e que a sua juventude em conseqüência disso é dada a Deus em gratidão…

“Enfim, precisamos de santos que estejam no mundo, mas que não sejam mundanos”.

Jovens que não se deixam encantar pelas coisas mundanas, que não sentem inveja do pecado do mundo, mas que constrangem o mundo com a alegria de ser de Deus…

Não precisam nas escolas ou nas faculdades mostrar com palavras que são de Deus, mas com a alegria de se reconhecer filho de Deus dão vida ao Evangelho, causando uma curiosidade intrigante que converte…

Santos de calça jeans não usam máscaras, é a sua verdade (com Deus e com os outros), que faz com que sejam diferentes, e não a ausência de pecados como muitos pensam, mas é o fugir do pecado; “não importa para Deus os resultados, mas as tentativas”, isso faz um santo, porque “morrer tentando” estar perto de Deus faz a diferença para Deus.

CARACA! SANTOS DE CALÇA JEANS SÃO AQUELES QUE NÃO FAZEM DE CRISTO PARTE DA SUA VIDA, MAS FAZEM DE CRISTO A SUA VIDA!

Jovens santos não podem ser enfeites de igreja para aumentar a quantidade de pessoas, mas devem ser “divisores de águas”, devem deixar rastros, marcas; devem fazer a diferença e deixar que Deus seja jovem em sua juventude…

“Se os pecadores escandalizam está na hora dos santos aparecerem”.

Que a Virgem que é causa de nossa alegria possa interceder por nós e nos dá constantemente o desejo de santidade!

domingo, 1 de agosto de 2010




Adoração e Vida

Adoração e Vida
Ministério Adoração e Vida
Composição: Walmir Alencar

Te conhecia, Senhor, somente em palavras
Mas hoje meus olhos te viram
E em cada passo comigo estás
Agradável som será se o meu viver também te agradar
Um sacrifício de amor
Como tua glória na cruz encheu a terra, toda a terra
Adoração e vida te dou
Após de ti eu seguirei, junto a ti não temerei
Grandes vales e montanhas atravessarei
Derramerei as minhas lágrimas quantas vezes preciso for
Sofrerei as demoras de Deus aqui
O meu prêmio na terra é o Senhor
De uma coisa eu estou certo, eu espero no Senhor
Que com Ele eu seja mais que vencedor!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A nossa mestra na Voz e criatividade

Rainha de maio
Vento de raio, rainha de maio, estrela cadente que na verdade é candente! (como a Elis cantou em seu último show).
Chegou de repente o fim da viagem
Agora não dá mais pra voltar atrás...
...mas Gisele, rainha de maio valeu o teu pique!

Você chegou em maio como o vento do outono,
Espalhando muitas sementes nestas semanas
Despertando as consciências adormecidas
Tornando nossas almas mais humanas

Fez brotar um sorriso num rosto amuado
Achou e lapidou talento noutro surpreso
Despertou até a "anima" no desanimado
E da disputa inicial, criou um grupo coeso.

Sim rainha de maio, valeu a viagem!
E quase me esqueci que o tempo não pára,
Nem vai esperar...
Vento de maio, rainha dos raios de Sol
Vá no teu pique estrela candente até logo mais

...em qualquer destes palcos da vida,
onde sempre brilhará como nossa rainha

acho q isso (com a devida licença ao mestre Márcio Borges, autor de Vento de Maio), diriam os 22 integrantes da oficina, tornados um tarot completo pela rainha de maio.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Festival de Paulínia

HOMENAGEM, PREMIÉRE, JÚRI E DEBATES NA TERCEIRA EDIÇÃO DO PAULÍNIA FESTIVAL DE CINEMA

Lázaro Ramos e Fernanda Torres serão os apresentadores da noite de abertura do evento, dia 15 de julho; O diretor Hector Babenco é o grande homenageado do Festival, que exibirá a cópia restaurada de O Beijo da Mulher Aranha;

No dia 15 de julho, a partir das 20h, em cerimônia para convidados, terá início a terceira edição do Paulínia Festival de Cinema, tendo como mestres de cerimônia a atriz Fernanda Torres e o ator Lázaro Ramos. O diretor Hector Babenco será o homenageado do evento que exibirá, na noite de abertura, a cópia restaurada do longa O Beijo da Mulher Aranha. No encerramento do Festival, dia 22 de julho, às 19h, haverá a première do filme 400 contra 1, de Caco de Souza.

DEBATES E ENCONTROS

Diariamente, de 17 a 22 de julho (sábado à quinta), haverá debate sobre os filmes selecionados, exibidos na noite anterior, com a presença do diretor e elenco de cada título. Às 10h00 tem início o debate do curta regional; às 10h30, debate do curta nacional; às 11h00 é a vez do documentário e às 12h do longa de ficção. Todos os debates serão realizados no estúdio amarelo do Polo, que será a sede desta edição do Festival e terão como mediadores o critico Rubens Ewald Filho, a jornalista Maria do Rosário Caetano e o diretor do Festival, Ivan Melo.

Além dos debates dos filmes, estão previstos: Debate Filme Paulínia – políticas públicas para o cinema brasileiro, no dia 16, sexta-feira, das 14h30 às 17h00, com presença do Secretário de Cultura de Paulinia Emerson Alves e do Secretario do Audiovisual do Ministério da Cultura, Newton Canitto; Encontro da Crítica, no dia 17, sábado, das 14h30 às 17h00, com a presença de Diego Lerer, representante da Fipresci (Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica) da América Latina e de Associações de Críticos de Cinema do país; já no domingo, dia 18, às 14h30, haverá palestra do escritor Zuenir Ventura, sobre Cidadania e Cinema, das 15h às 17h30. Os debates serão realizados no Estúdio Amarelo. Outros dois debates, um no dia 20 e outro no dia 21 serão programados pela organização do evento.

JÚRI

Estão confirmados os seguintes nomes para o júri do evento:

Longas (Documentário e Ficção):

ANA LUIZA AZEVEDO
Formou-se em Artes Plásticas pela UFRGS em 1986, sócia-fundadora da Casa de Cinema de Porto Alegre, trabalhando na área desde 1984. Diretora e roteirista de Dona Cristina Perdeu a Memória (2002), Três Minutos (1999), Ventre Livre (1994) e Barbosa (1988, em codireção com Jorge Furtado). Foi diretora-assistente dos longas-metragens Tolerância (2000), O Homem que Copiava (2003), Meu Tio Matou um Cara (2004) e Sal de Prata (2004) e assistente de direção em diversos filmes, entre eles o curta Ilha das Flores (1989) e o longa Bens Confiscados (2003). Estreou na direção de longa com Antes que o Mundo Acabe, exibido pela primeira vez no II Festival de Paulínia (2009), no qual ganhou seis prêmios, entre eles o de melhor filme pela crítica e melhor direção.

BÁRBARA PAZ
Formou-se pelo Centro de Pesquisa Teatral Antunes Filho (CPT), trabalhou com o Grupo Tapa, Parlapatões e Pia Fraus. Com mais de 15 peças em seu currículo, destacam-se A Importância de Ser Fiel, de Oscar Wilde, Madame de Sade, de Yukio Mishima, Os Sete Gatinhos, de Nelson Rodrigues e Contos de Sedução, de Guy de Maupassant. No cinema protagonizou diversos curtas-metragens, tendo recebido o Kikito de melhor atriz em 2003, pelo curta Produto Descartável, de Rafael Primot. Em 2005 dirigiu e escreveu seu primeiro curta, Minha Obra. Em 2010 dirige e apresenta o programa Curta na Estrada, no Canal Brasil. Em 2009/20010 interpretou a personagem Renata, na novela Viver a Vida, de Manoel Carlos, na Rede Globo.

DI MORETTI
Roteirista, nasceu em São Paulo, em 1961. Graduou-se em Rádio e TV pela FAAP e em Jornalismo pela PUC. O Velho, a História de Luiz Carlos Prestes (1997), dirigido por Toni Venturi, foi o seu primeiro longa-metragem. Seguiram-se Latitude Zero (2001), de Toni Venturi, vencedor dos prêmios de melhor roteiro nos Festivais de Brasília e do Ceará, Cabra Cega (2004), também premiado em Brasília, Filhas do Vento (2004), de Joel Zito Araújo, As Vidas de Maria (2005), de Renato Barbieri, Simples Mortais (2005), de Mauro Giuntini, Nossa Vida não Cabe num Opala (2008), de Reinaldo Pinheiro e 23 Anos em 7 Segundos – O Fim do Jejum Corinthiano (2009).

SERGIO AUGUSTO
Jornalista e escritor, iniciou a carreira em 1960, aos 18 anos, como crítico de cinema do diário carioca Tribuna da Imprensa. Foi crítico, repórter e editor nos jornais Correio da Manhã, Jornal do Brasil e Folha de S. Paulo, nas revistas Veja, IstoÉ e Bravo! e nos semanários Pasquim, Opinião e Bundas. Em 2010 escreve no caderno Aliás, de O Estado de S. Paulo, onde também assina uma coluna do caderno Sabático. Publicou os livros Este Mundo é um Pandeiro (Cia. das Letras, 1989), Cancioneiro Jobim (Casa da Palavra, 2000), Lado B (Record, 2001), Cancioneiro Vinicius de Moraes/Orfeu (Jobim Music, 2003), Botafogo—Entre o Céu e o Inferno (Ediouro, 2004) e Penas do Ofício (Agir, 2006).

WILSON FEITOSA
Fundou a Europa Filmes em 1990. Associou-se ao Grupo Severiano Ribeiro em 1994, na época o maior exibidor de cinema do Brasil. Com a garantia de exibição, iniciou a aquisição de filmes para distribuição em cinema. Pioneiro na coprodução, por meio de recursos originados do artigo 3º da Lei do Audiovisual, desde 1995 já coproduziu mais de 40 filmes, entre eles Pequeno Dicionário Amoroso, Olga, O Invasor, Central do Brasil, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Quatrilho, Ó Pai Ó e Lula, o Filho do Brasil. Como empresário também é sócio da LW Editora, que publica a revista Ver Vídeo e sócio da empresa de telefonia Simple Solution. Conselheiro da União Brasileira de Vídeo.


Curtas (Regional e Nacional):

JULIANO LUCCAS
Ator, diretor e roteirista. Formou-se em Comunicação Social na PUC, com pós-graduação em Comunicação e Marketing, especialização em Cinema na AIC e documentário, gestão de projetos e processos de criação para cinema e TV na Fundação Getúlio Vargas. Dirigiu e produziu seu primeiro curta-metragem Aurora em 2007. Dirigiu, produziu, editou e escreveu Luchador, seu segundo curta, premiado como melhor fotografia, montagem e atores no I Festival Paulínia de Cinema e melhor fotografia no 2º Festival de Cinema de Cabo Frio. Com Spectaculum, seu terceiro curta, ganhou o prêmio da categoria no II Festival Paulínia de Cinema. Produziu os longas-metragens Corpos (2007), de Maurício Martins, e Chat (2008) de Matheus Alberton.

BEATRIZ BARCELLOS
Produtora Cultural gaúcha foi, por dez anos, responsável pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. Ao longo de sua gestão, implantou projetos de repercussão nacional como o Curta nas telas e o Prêmio Santander/PMPA de Desenvolvimento de Projetos de Longa-Metragem. Também foi a responsável pela criação da Sala de cinema PF Gastal, que se notabilizou pela ênfase à exibição de filmes nacionais. Elaborou o Projeto de linha curatorial da sala de cinema CineBancários, inaugurada em 2008, da qual, desde então, é a curadora.O projeto foi premiado pela Associação de Críticos do RS pela programação exibida, dedicada ao cinema latino-americano e mostras temáticas.

CRISTINA LAGO
Atriz, formada em Dança pela Faculdade Angel Vianna, estreou no cinema vivendo a protagonista Analídia, no longa-metragem musical Maré, Nossa História de Amor, dirigido por Lucia Murat. No teatro, participou de vários espetáculos, entre eles Ariano, dirigido por Gustavo Paso e Agora!, dirigido por Claudia Mele. Por sua atuação no longa-metragem Olhos Azuis, do diretor José Joffily, conquistou o Prêmio de Melhor Atriz no II Festival de Cinema de Paulínia, e em breve poderá ser vista em O Doce Veneno do Escorpião, do diretor Marcus Baldini.

SIMONE YUNES
Formou-se em Comunicação Social pela FAAP. Trabalha no SESC SP desde 1996, sendo responsável pela programação do CineSESC desde 2000 e organizadora do Festival SESC Melhores Filmes e da Retrospectiva do Cinema Brasileiro em edições anuais. Curadora do Panorama SESC de Cinema Suíço, colaboradora em diversas mostras como Imagens do Oriente, Indie Festival e Mundo Árabe, além de participar das exposições Atlândida e Loucos por Cinema.

MIGUEL BARBIERI JR.
Formou-se em Jornalismo pela PUC/SP, trabalhou como repórter no Jornal Diário Popular. Atualmente, é crítico de cinema das revistas Veja São Paulo e Veja Rio.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O que a vida nos pedi??

Tenho andado distraída, pensativa..
A vida passa rapidamente e a tanto a fazer!!
O que a vida me pedi?
O que eu peço da vida?
Como equilibrar os desejos e deveres?
Ou será que isso tudo é paranóia, que a vida é simples e bela quando vivida sem muitos planos, sem muitos questionamentos?
Simplesmente vivida, acariciada no dia a dia, sem se prender a falsas aparências, ao que as pessoas querem ou desejam!
Vivo simplesmente com aquilo que amo,
Vivo e vivo muito bem com minhas escolhas, bobas e pequenas, sem muitos méritos, mas plena, todos a minha volta amam e sentem-se amados..
mesmo o menor dos menores, aquele que passou em minha vida por um brevíssimo segundo, por um dia, por um momento, por uma temporada...
Que cada um que por mim passar,sinta-se inteiro e pleno, que sinta-se amado em sua plenitude por mim, que meus olhos tantas vezes, turvos e obscuros por tantas coisas, possa se clarear diante de cada um que em minha frente estiver, que fazer compania a mim por um tempo, a você que passou por mim, por um dia..
por um minuto..
que cruzou talvez a rua hoje e me deu um simples bom dia, a você eu agradeço e espero que você tenha recebido o meu bom dia tambem da forma com que eu recebi o seu!!
Tornou o meu dia mais feliz, aquele momento foi único e a ti eu agradeço..
E assim mais um dia passo com alegria, nada de muito extraordinário aconteceu, mas quem disse que devia acontecer???
A vida simples é bela é boa e assim vou vivendo!!

terça-feira, 11 de maio de 2010

A Paixão da Carne

A paixão da carne
Envolto em toalhas
Frias, pego ao colo
O corpo escaldante.
Tem apenas dois anos
E embora não fale
Sorri com doçura.
É Pedro, meu filho
Sêmen feito carne
Minha criatura
Minha poesia.
É Pedro, meu filho
Sobre cujo sono
Como sobre o abismo
Em noites de insônia
Um pai se debruça.
Olho no termômetro:
Quarenta e oito décimos
E através do pano
A febre do corpo
Bafeja-me o rosto
Penetra-me os ossos
Desce-me às entranhas
Úmida e voraz
Angina pultácea
Estreptocócica?
Quem sabe... quem sabe...
Aperto meu filho
Com força entre os braços
Enquanto crisálidas
Em mim se desfazem
Óvulos se rompem
Crostas se bipartem
E de cada poro
Da minha epiderme
Lutam lepidópteros
Por se libertar.
Ah, que eu já sentisse
Os êxtases máximos
Da carne nos rasgos
Da paixão espúria!
Ah, que eu já bradasse
Nas horas de exalta-
Ção os mais lancinantes
Gritos de loucura!
Ah, que eu já queimasse
Da febre mais quente
Que jamais queimasse
A humana criatura!
Mas nunca como antes
Nunca! nunca! nunca!
Nem paixão tão alta
Nem febre tão pura.


in Antologia Poética
in Poesia completa e prosa: "Nossa Senhora de Los Angeles"

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Falso mendigo

O falso mendigo
Minha mãe, manda comprar um quilo de papel almaço na venda
Quero fazer uma poesia.
Diz a Amélia para preparar um refresco bem gelado
E me trazer muito devagarinho.
Não corram, não falem, fechem todas as portas a chave
Quero fazer uma poesia.
Se me telefonarem, só estou para Maria
Se for o Ministro, só recebo amanhã
Se for um trote, me chama depressa
Tenho um tédio enorme da vida.
Diz a Amélia para procurar a "Patética" no rádio
Se houver um grande desastre vem logo contar
Se o aneurisma de dona Ângela arrebentar, me avisa
Tenho um tédio enorme da vida.
Liga para vovó Neném, pede a ela uma idéia bem inocente
Quero fazer uma grande poesia.
Quando meu pai chegar tragam-me logo os jornais da tarde
Se eu dormir, pelo amor de Deus, me acordem
Não quero perder nada na vida.
Fizeram bicos de rouxinol para o meu jantar?
Puseram no lugar meu cachimbo e meus poetas?
Tenho um tédio enorme da vida.
Minha mãe estou com vontade de chorar
Estou com taquicardia, me dá um remédio
Não, antes me deixa morrer, quero morrer, a vida
Já não me diz mais nada
Tenho horror da vida, quero fazer a maior poesia do mundo
Quero morrer imediatamente.
Fala com o Presidente para fecharem todos os cinemas
Não agüento mais ser censor.
Ah, pensa uma coisa, minha mãe, para distrair teu filho
Teu falso, teu miserável, teu sórdido filho
Que estala em força, sacrifício, violência, devotamento
Que podia britar pedra alegremente
Ser negociante cantando
Fazer advocacia com o sorriso exato
Se com isso não perdesse o que por fatalidade de amor
Sabe ser o melhor, o mais doce e o mais eterno da tua puríssima carícia.
(Vinicius de Moraes)

Ausência

Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

(Vinicius de Moraes)