Minha familia

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Sou assim, um tanto maluca as vezes, cheia de alegria, vontade de viver intensamente cada momento como se fosse o único instante a ser vivido e assim o é, a vida é curta, os momentos breves demais, segundos passageiros que me escapam, por isso estou aqui, deixando momentos eternizados em palavras...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Princesas Arruinadas

Era Uma Vez...

Lindas princesas que vieram para o século 21. Encontraram a fotógrafa Dina Goldstein, que deu a elas destinos bem diferentes daqueles que estão nos livros.
Por Ludmila Vilar.
Cinderela, Rapunzel, Branca de Neve e a Pequena Sereia encontraram um lindo príncipe e um castelo dos sonhos para morar num reino distante – e foram felizes para sempre. Pelo menos é o que está lá escrito nas histórias infantis. Intrigada com o que seria um desfecho mais contemporâneo para esses contos, a fotógrafa canadense Dina Goldstein resolver trazer as princesas para os dias de hoje e criou um outro destino para elas, com imagens bem menos cor-de-rosa do que aquelas que habitam o imaginário infantil. O resultado está na série Fallen Princesses (do inglês, Princesas Arruinadas), exposta no fim do ano passado na galeria Buschlen Mowatt em Vancouver, no Canadá, e agora nas páginas de Marie Claire.

Mais do que questionar o tradicional jargão “felizes para sempre”, Dina refletiu nesse trabalho um período difícil da sua própria vida. No ano passado, ela enfrentou problemas de fertilidade para conseguir a segunda gravidez, aos 38 anos, e acompanhava o sofrimento da mãe que lutava contra um câncer de mama. Nessa mesma época, sua filha de 4 anos estava encantada com os filmes da Disney e adorava se fantasiar de princesa – típico da fase. “Eu via os filmes e, com esses dois problemas acontecendo ao mesmo tempo, comecei a imaginar como as princesas lidariam com os complexos desafios da vida real, como doenças, vícios ou questões ligadas à autoimagem”, diz. Também incomodava o fato de os desenhos da Disney terem sempre um enredo com um começo triste, uma vilã dominadora e um previsível final feliz. “Não importa qual seja o início da história, o príncipe chega para salvar a linda garota e transformá-la em princesa”, afirma. Ela inventou então cenários contemporâneos para as personagens.

Em Fallen Princesses, a doce Branca de Neve tem agora vários filhos e um marido ausente, mais vidrado na cervejinha e nos esportes da TV do que na própria família. Cinderela virou alcoólatra, o endereço da Pequena Sereia é um aquário, Rapunzel esta perdendo os cabelos na quimioterapia e a Bela Adormecida foi abandonada num asilo. “As fotos de Dina brincam com coisas sérias, que tiram o chão de nossos castelos mal-construídos. É como se nos lembrassem que temos que nos manter atentas para reinventamos nossos reinados, pois não há final feliz predestinado”, afirma a educadora, psicanalista infantil e estudiosa dos contos de fadas Loraine Schuch, de Porto Alegre. São imagens fortes, provocadoras, ao mesmo tempo, engraçadas, que nos fazem perguntar: afinal, o que sobrou da fantasia dos contos de fadas na vida moderna? “Hoje, nossos momentos de sonhos se resumem a datas como casamento, festas de aniversário, dia das mães. O problema é que elas duram pouco e a vida logo volta ao normal”, diz Dina.

Os contos de fadas são um elemento poderoso da cultura porque trazem informações sobre nós mesmas. Lá estão espalhados fragmentos da realidade, histórias que contêm dramas e personagens com correspondente no nosso cotidiano. “Há rainhas e princesas por toda a parte. Elas aparecem nas figuras de várias mulheres”, diz a psicanalista Loraine. Ela se refere ao nosso lado feminino mais edificante: aquele que, como nas brincadeiras, quer que tudo dê certo, e não poupa esforços para isso. Existem também os príncipes da vida real que, no dias de hoje, precisam tanto das mocinhas para se sentir nobres quanto elas deles para se sentirem princesas. Há ainda as versões modernas de madrastas – vilãs que, além do câncer, dos casamentos fracassados e de outros dramas retratados por Dina, aparecem na pele de figuras femininas autoritárias e intransigentes, como, por exemplo, a personagem central de O Diabo Veste Prada. A vida real tem também seus finais felizes, Dina Goldstein teve o direito ao seu, quando há nove meses deu à luz sua segunda filha.

Branca de Neve – No conto de fadas ela desperta do sono da maçã envenenada direto para os braços do príncipe, com quem vive feliz para sempre. Nas lentes de Dina, a realidade é dura: ausente e entediado, o príncipe deixa todas as tarefas da casa para a princesa.



A Bela Adormecida – Enfeitiçada para dormir por cem anos, a princesa só poderá ser salva se receber o beijo do um príncipe. O problema é que ele nunca chega. Alheia a tudo que se passou, a Bela Adormecida está em sono profundo até hoje num asilo, com a cara congelada no tempo.






Chapeuzinho Vermelho – No conto ela se dá mal por desobedecer a mãe. Ao atravessar a floresta, Chapeuzinho pega o caminho mais curto – e perigoso – e ainda conversa com estranhos (no caso, o lobo mau). Na série de Dina Goldstein, o inimigo é a própria Chapeuzinho. Com uma cesta carregada de fast foods, sua maior batalha é contra a obesidade.




Cinderela – Para essa moça comum virar rainha, teve apenas que calçar um sapatinho de cristal, que parecia ter sido feito sob medida para ela. Aguentar a rotina do castelo, no entanto, mostrou-se bem mais difícil do que se tornar nobre. Para espantá-la, só restou a bebida para a doce Cinderela ...





A Pequena Sereia – Ela deixou o fundo do mar para conquistar o amor de um príncipe. Na versão Disney teve um final feliz. No conto original, ela morre. Em Fallen Princesses, a Sereia foi parar dentro de um aquário gigante, onde vive para entreter crianças e adultos.




Rapunzel – No mundo moderno, ele tem de se virar sem príncipe e sem cabelo, resultado da quimioterapia para combater um câncer de mama.




Jasmine – Após a morte de Aladim numa queda do tapete mágico. Desiludida da vida, Jasmine filia-se ao grupo terrorista Al-Qaeda, onde com a alcunha de Jasmine Bin-Laden será a próxima mulher bomba (texto criado pela autora deste post, Mariana).





Bela – Cansada da feiúra de seu marido, Fera, Bela vira uma escrava da beleza a todo custo. Divorcia-se e casa-se com um cirurgião plástico, não consegue conviver com o inevitável envelhecimento e aos 50 anos vence o recorde mundial de aplicação de botox e cirurgias plásticas.

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